domingo, 1 de junho de 2008

Vitória: se vencer o Ipatinga, pode rolar até G-4


Rubro-negro vai contar com armador Ricardinho e o centroavante Dinei

Nelson Barros Neto, do A TARDE

Há exatos dez anos, enquanto o Ipatinga tinha apenas 11 dias de vida, o Vitória – já um ancião do futebol, às vésperas do centenário – disputava a sua 22ª Série A de Campeonato Brasileiro. O tempo passou, o Tigre mineiro cresceu, o Leão baiano derrapou e os felinos saíram de completos desconhecidos a inseparáveis colegas de divisão.

Tudo começou em 2006. Depois de três complicadas fases, os times se encontraram no octogonal decisivo da Terceirona. E subiram juntos – o Vitória em segundo e o Ipatinga em terceiro –, deixando o Bahia na insuficiente quinta colocação.

O primeiro encontro aconteceu no dia 25 de outubro, quando, apesar da expulsão do atacante Joãozinho, à época no adversário, o rubro-negro terminou levando 2 a 1. O hoje cruzeirense Charles abriu o placar, ampliado por Luizinho, aproveitando falha na saída de bola de Vanderson. Alysson, ex-lateral-esquerdo, diminuiu.

O troco, porém, veio logo em seguida, dia 12 de novembro. Atuando em um Barradão com 15.252 pagantes, os comandados de Mauro Fernandes fizeram o melhor jogo da temporada, despacharam o então líder por 3 a 0 e ficaram muito próximos do acesso. O repatriado Leandro Domingues fez um e o recém-vendido para a Ucrânia, Marcelo Moreno, dois.

Evolução – O terceiro confronto, a exemplo do que ocorrerá agora, foi válido por uma quarta rodada de Nacional. No caso, da Série B. Era 2 de junho de 2007 e o Vitória aplicou 4 a 0, com gols de Índio (2), Jackson e Joãozinho. Em 4 de setembro, entretanto, o Ipatinga respondeu com um insosso 1 a 0 no palco da partida desta tarde. Gol do meio-campista Gerson Magrão.

Também subiram juntos. Os baianos em quarto e os mineiros, como vice-campeões. Até agora, portanto, o visitante sempre levou a pior na história do confronto. Hora de mudar a situação.

E, mais importante que isso, de tomar de uma vez por todas um rumo diferente em relação ao desafiante das 16 horas, no Estádio Municipal Epaminondas Mendes Brito, o Ipatingão. Lanterna da elite e vindo de um surpreendente rebaixamanto em pleno Estadual, o Tigre é apontado em todas as apostas, palpites e bolões pelo País como o principal candidato ao descenso. Já o Leão quer sonhar.

Bastante contestado antes da estréia – derrota de 2 a 0 para o Cruzeiro, que continua 100% na competição –, o rubro-negro arrancou um precioso 0 a 0 na Ilha do Retiro diante do Sport, finalista da Copa do Brasil, e emendou um chocolate de 4 a 0 sobre o Figueirense, sábado passado. “A gente vê a evolução do time a olho nu. Melhoramos muito em relação ao Baiano, não estamos mais deixando o adversário jogar”, elogia o técnico Vágner Mancini.

Após uma semana de certo mistério, ele decidiu manter dois da trinca de reservas utilizada frente aos catarinenses. As coisas deram tão certo que o armador Ricardinho e o centroavante Dinei terminaram barrando os outrora incontestáveis Ramon e Rodrigão. A única mudança será a troca de Muriqui por Marquinhos, recuperado de lesão. Os três pontos podem lhe deixar na zona de Libertadores.

Nenhum comentário: